Projeto de combate à violência
pode dobrar o público nos estádios
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Violência nos estádios: plano de superação começa por SP

Um plano integrado de combate à violência pode mais que dobrar o número de torcedores nos estádios. A estimativa é do ministro do Esporte, Agnelo Queiroz. “A expectativa é de que a média de público chegue a 50% da capacidade dos estádios, mais do que o dobro da média atual, de 20%", prevê. "Seria espetacular", entusiasmou-se Agnelo, ao apresentar o projeto.

Um aumento assim resultaria em R$ 80 milhões a mais em receita de bilheteria nos campeonatos brasileiros. "Vamos mostrar como é possível ter paz nos estádios, integrando todos os atores que participam do evento de forma articulada", disse o ministro.

Um estudo detalhado

O projeto se baseia num estudo detalhado sobre a violência nos estádios do país. E contém propostas práticas para enfrentar o problema. O volumoso trabalho foi apresentado ao ministro em reunião realizada, esta semana, em Brasília.

A partir de março, estádios de futebol de São Paulo serão palco de plano piloto que prevê medidas organizacionais e administrativas para coibir o problema. Segundo Agnelo, a escolha de São Paulo se deveu ao triste saldo de mortes no estado. Durante 10 anos foram registradas 22 mortes de torcedores vítimas de agressões dentro e nas proximidades dos estádios.

Entre as medidas sugeridas - consideradas simples, porém de grande eficácia – estão ações integradas entre o policiamento militar e Juizados Especiais Criminais (Jecrim), modificações na estrutura dos estádios, de sinalização, acesso, circulação, bilheterias, ingressos e cambismo.

Para o monitoramento da torcida foi sugerida a implantação de câmeras de filmagem, a identificação dos torcedores através de cartões magnéticos, além da colocação de alambrados e implantação de entradas diferenciais.